sábado, 17 de novembro de 2012

Posso aqui tecer todos os defeitos dos meus amigos, posso tecer as qualidades também. Não só com amigos, com mãe, com colegas, enfim. Eu consigo ler. E consigo me ler também. Não gosto do que vejo. O rancor, a mágoa, o ódio. Estragam qualquer possibilidade de. E eu sei que quem me conhece mesmo, faz um esforço sobre-humano para lidar com isso. Eu lembro de tudo, cada pisada no pé, cada negativa. C
horo coisas que aconteceram quando eu tinha 5 anos. O balão. E vai acumulando até chegar aqui. 25 anos de rancor. Claro que ninguém gosta, dificilmente entendem, pensam que não percebo, mas percebo quando eles fogem. É o caminho mais fácil, ninguém quer conviver com gente assim. Não condeno, aceito calada, mas fico triste, porque eu me esforço para lidar com os demônios dos outros, apenas gostaria que tentassem lidar com os meus. Em certas ocasiões a pessoa vai embora no meu primeiro não. É um muro muito alto. A pessoa vai embora vendo que talvez não valha a pena. Sei que os meus demônios são mais fortes, sei que a minha raiva é mais pesada, só que chegou em um nível que não está mais no meu controle. Tenho duas opções, fingir ser outra pessoa ou ser isso aqui. Jamais optaria pela primeira. Há os que fogem e há aqueles que se esforçam para ficar. Tem tanto tempo que ninguém se esforça pra ficar. 

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