domingo, 30 de outubro de 2011

Eu sempre te pedi pra cuidar de nós dois e você nem ai deixava pra depois.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Não se preocupe









Eu digo que estou mal, faço drama, escrevo porcarias… Mas eu tô bem. Quando eu estiver em silêncio, aí sim se preocupe! Se eu estiver mergulhada no silêncio é porque nem forças pra falar eu tenho.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O homem da relação


Deixa eu só pontuar uma coisinha com você: eu não gosto de ser o homem da relação. Eu sei fazer tudo que um homem faz (quase tudo), mas eu gosto que façam por mim. Eu não vou trocar o pneu do meu carro na sua frente, apesar de eu fazer isso muito bem. Eu não vou dirigir enquanto você me olha. Sim, pode me chamar de machista, mas eu gosto de ser o lado frágil da relação.

Eu gosto que você abra a porta do carro, mesmo que seja só de vez em quando pra me agradar. Eu gosto que você dirija o meu carro, mesmo que eu faça isso melhor que você. Eu gosto que você carregue as sacolas de supermercado, mesmo que eu aguente todas elas. Eu gosto que você me leve ao médico quando eu fico doente, mesmo que eu consiga ir sozinha. Eu gosto que você me apóie quando eu estou triste, mesmo que seja por uma coisa aparentemente sem importância.

Eu gosto de ser cuidada por alguém. Gosto de ser o lado mulherzinha da relação. Gosto que você faça os planos. Que você escolha o destino. Que você trace os roteiros. Que você assuma o comando. Que você me guie (mesmo que eu não te siga). Eu gosto de alguém que eu possa admirar. De quem eu tenha orgulho. Gosto que você saiba aonde vai me levar sábado à noite. Eu gosto de ser conduzida.

Detesto homem sem vontade própria. Detesto as respostas do tipo “você que sabe” quando eu pergunto uma coisa simples como “onde você quer sentar?”. “Você que sabe”??? Como assim eu que sei onde você quer sentar? Não era pra cada um saber o que cada um quer? Detesto homem sem atitude. Sem vontade. Detesto homem frouxo. Detesto homem indeciso. Inseguro. Insegurança acaba com qualquer tesão. E nem estou falando de sexo.

Detesto homem que divide conta de trinta Reais. Paga a porra da pizza que depois eu pago o cinema, pode ser?! Não vem dividir pizza de trinta Reais da promoção que você comeu sete pedaços e eu comi um! E mesmo que eu tivesse comido todos os pedaços. Homem que faz conta de miséria é o fim do mundo. E olha, tenho meu dinheiro, não preciso do seu. Estamos falando de gentilezas aqui. Não estou querendo que você banque meus luxos nem pague minhas contas. Mas, por favor, não me chame pra tomar um vinho e me faça pagar a metade da garrafa. É brochante!

Me proteja. Faça eu me sentir segura do seu lado. Seja meu ponto de partida e meu destino final. Segure a minha mão. Me pegue no colo quando eu precisar. Seja meu colo. Abra um guarda-chuva pra mim quando for chover. Me abrace quando eu chorar. Diga que tudo vai dar certo mesmo que você não faça a mínima idéia do que está falando. Fique do meu lado quando eu precisar de você, mesmo que você não saiba o que me dizer. Porque eu vou estar do seu lado nos momentos bons e nos momentos ruins. Posso pagar todas as pizzas de trinta Reais no mundo se um dia você precisar. Posso trocar os quatro pneus do seu carro se, por algum motivo, você não puder fazer isso. Mas enquanto isso, seja gentil. Seja cortês. Seja cavalheiro. Seja um gentleman. Seja o homem da relação.

sábado, 8 de outubro de 2011

Não queria aquilo para mim. 
Nunca quis, nunca vou querer. 
Quase fui embora, eu já estava com as malas prontas dentro da minha cabeça. 
Chorei porque eu ia ter que me despedir, eu ia ter que dizer que estava indo embora.
 É difícil essa parte, por isso eu chorei. 
Mas eu resolvi ficar. 
Ainda não sei se fiz bem, se foi uma escolha certa, mas não vai ser difícil de saber.
 Sei que aquele porta-retratos não causa mais o mesmo efeito.
 Eu chegava no meu quarto suspirando, ia dormir suspirando. 
Sei que eventualmente os suspiros acabam, mas algum efeito ele ainda deveria causar. 
Não causa mais.
 Às vezes eu olho com dúvidas, às vezes com um aperto estranho.
 Eu já cheguei a pensar que aquele porta-retratos poderia ficar vazio. 
Esse pensamento me dói, mas tem coisas que me doem mais, você mesmo já me doeu mais.
Não me deixa ir por favor.

Esse troço irracional que é estar aqui



e não em qualquer outro lugar,
não foi uma escolha minha, eu juro.
-De repente me vi aqui.
Foram várias escolhas, eu sei,
mas se eu pudesse, lá atrás, saber que agora estaria aqui,
talvez eu tivesse virado em alguma curva, 
pegado algum retorno,
entrado em outra rua.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não tem sido muito fácil, mas eu tento. Juro que tento: acordar, tomar café da manhã, ver as notícias matinais enquanto me arrumo e sair para mais um dia. Mas é que tantas coisas me bombardeiam ultimamente, que eu tenho que escrever para não explodir ou pior implodir. Eu só queria ficar quietinha sabe? Lendo meus livros piegas, ouvindo minhas músicas cool e me dedicando aos meus projetos. Só isso. É pedir muito querer tocar a vida pra frente, aprender mais e comer pizza com meus amigos no sábado à noite? Hein? Eu não quero saber de novela, futebol, fofoca ou sobre a garota da faculdade que finge que adora a disciplina, mas que na verdade só quer pegar o professor. Eu não tenho tempo para essas coisas, não tenho tempo pra gente sem cultura que não lembra nem qual foi o último livro que leu (se é que já leu algum). Não tenho e nem quero ter. Eu só quero limpar minha alma dessas coisas inúteis, livrar meu tempo de pessoas que não somam e esquecer as coisas banais que vejo por aí todos os dias.  Cansa, mas eu estou relevando, deixando pra lá, esquecendo, fingindo que não é comigo e que o mundo é assim mesmo – essas coisas, porque só assim eu posso colocar meu plano em prática. Estou tentando todos os dias. Tentei anteontem, ontem e hoje. Tentarei amanhã, juro. Amanhã eu vou acordar, respirar fundo e começar tudo de novo. Acreditar de novo.